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Morre Zezinho Corrêa, mas vive uma história de glórias e amor às pessoas

É verdade… Infelizmente é verdade… Morre Zezinho Corrêa… Ele morre sim, para o encontro com a Vida Eterna, mas a sua trajetória de glórias e amor às pessoas viverá para sempre no coração da Amazônia (a nossa “Primeira-Mãe), e viverá para sempre no coração da Terra

Lá pelas bandas do “Sambódromo”, em tempos áureos de “Boi Manaus” (e esperamos que voltem), seja pelos corredores dos camarotes lotados por ‘considerados’, ou pelos chãos de pisaduras populares, onde o povaréu celebrava a vida, encontrávamos amiúde o Zezinho Corrêa, nos abraçando e batendo forte o tambor de nossos corações, hoje enlutados… Os nossos tambores-corações hoje batem forte de dor, de pranto, de tristeza… Mas Deus, O Eterno, mudará esse compasso, e os nossos corações baterão forte, assim: Tic, Tic, Tac… Tic, Tic, Tac… E baterão de saudades e de lembranças colossais e impagáveis daquele sorriso (que agora dorme na Eternidade) de ser humano bom e iluminado que o Zezinho tinha.

A matéria corpórea – que vale muito, mas não vale tudo – se retira do meio dos povos, e esse será o destino de cada um de nós. O espírito, o espectro ‘almático’ bom, a candeia de vivacidade que deixamos para a posteridade, nunca se apagam. Os olhos se fecham, os fôlegos se murcham, as palavras se emudecem, para sempre, mas as músicas que tocamos pela vida (para a nossa própria e muito mais para as dos outros), jamais calarão!… E Zezinho Corrêa foi glorificado pela música, e sempre estará no meio de nós.

Lá na Rádio Cultural da Amazônia e o Portal Voz Amazônica, “isturdia”, com a veneração que merecem os que partiram pela severidade da Covid-19, fizemos, nesse sentido, um programa muito especial denominado “Um Silêncio Para os Espíritos”. As mensagens e depoimentos plangentes de muitos corações enlutados e entristecidos pelas perdas recentes, gravados para o programa, tocaram as nossas almas. Para todos eles, tocamos – pelo poderoso sopro de Folkert-Hans, da Escola Sinfônica da Holanda – “O Toque do Silêncio”, dedicando – também aqui – para o nosso amado Zezinho Corrêa, cujo tempo do silêncio corpóreo chegou, mas que cuja música sempre tocará em nós.

Estamos de luto… Mais uma vez estamos de luto… Obrigado pelos teus abraços, querido irmão Zezinho Corrêa, pelos teus sorrisos, pela tua simplicidade, pela tua generosidade, pela tua alegria, pela tua simpatia, pelo teu altruísmo, pela tua humildade, pela tua disposição de estar no meio do povo… E pela tua voz, que à minha música-toada “O Grito da Terra” (2002) deu vida.

É verdade… Infelizmente é verdade… Morre Zezinho Corrêa… Ele morre sim, para o encontro com a Vida Eterna, mas a sua trajetória de glórias e amor às pessoas viverá para sempre no coração da Amazônia (a nossa “Primeira-Mãe), e viverá para sempre no coração da Terra.

Da Redação: Paulo Queiroz para o Portal Voz Amazônica e Rádio Cultural da Amazônia

 

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