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Semana de Arte Moderna e Liberdade

O Centenário da Semana de Arte Moderna está batendo às portas. Ele vem nos inspirando e ensinando que nunca será vão – e nem tarde – exprimir o desejo humano e artístico da liberdade. A ruptura com os exageros metodológicos patéticos que pretendiam estratificar os artistas dos artistas, buscando eternizar as vias das castas, dos clãs e das ‘panelas artísticas’, foi o acontecimento que não só deixou boquiabertos os pseudo-intelectuais daquela década de 1922, mas também impôs a perplexidade aos poderosos.

Nós temos trabalhado incansavelmente – muito mesmo – para abraçar os ideais libertários do Modernismo, sem, todavia, desabraçar ou contender com o poder público, buscando sempre as boas parcerias, também, com a iniciativa privada, e, sobretudo, pugnando pela oportunização e democratização dos espaços culturais e artísticos para todos. Somos prudentes, observadores das relações promissoras, que chegam imbuídas de harmonia e respeito à Arte.

O Centenário da Semana da Arte Moderna acontecerá de 14 a 18 de fevereiro, em São Paulo, no Theatro Municipal.

Nesse sentido – há pelos menos 15 anos –, temos buscado soluções inovadoras para contemplar o talento de centenas de homens e mulheres que nasceram para as artes e ainda não tinham se dado conta disso. Demos vida à Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-Amazônicos (ABEPPA), entidade que tem sido fundamental para a expansão dos movimentos artísticos, e que cresce anualmente, tendo uma membresia considerável espalhada por todos os cantos do mundo: Colômbia, Peru, Bolívia, Chile, Portugal, Espanha, Japão, etc.

Também criamos a Academia de Letras e Culturas da Amazônia (ALCAMA), o Projeto Literatura Caminhante, o Projeto Escritor Estudante, o Festival Litero-Cultural da Amazônia (FLICULT), a Rádio Cultural da Amazônia, o Portal Voz Amazônica, e, mais recentemente, o Movimento Patologia Cultural, já na sua 11ª Edição. Aliás, nesse particular, o Movimento Patologia Cultural também fará menções importantes à Semana da Arte Moderna 2022.

Enquanto os meus velhos olhos enxergarem as almas sedentas, a minha audição conseguir ouvir as vozes dos povos amazônicos, a minha boca puder pronunciar os clamores da liberdade artística, e os meus sentidos todos puderem conceber e ensinar o prazer de sermos homens e mulheres livres para a criação, os meus braços não se cruzarão.

Salve o centenário da Semana de Arte Moderna!!!

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